UM NATAL DIFERENTE


Autor: JOSÉ PEREIRA FILHO (Dez / 2005)

No dia 25 de dezembro é festejado em quase todo o mundo o Natal de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus Pai que veio ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele (João 3.17). A sua encarnação deu-se pela concepção virginal de uma jovem de nome Maria, natural da cidade de Nazaré da Galileia, por obra e graça do Espírito Santo (Lucas 1.30,35). Na encarnação, morte e ressurreição do Filho de Deus concretizara-se a Nova e Eterna Aliança entre Deus e a humanidade, que é a garantia de nossa vida eterna.
O Natal de Jesus Cristo, segundo o entendimento dos homens, é festejado com grande pompa e muitas alegorias. Essa celebração não é uma ordenança bíblica. A festa do Natal de Jesus vem da distante Idade Média, quando a Igreja Católica a adotou em substituição a uma festa mais antiga do Império Romano, dedicada ao deus Mitra, divindade persa que anunciava a volta do Sol em pleno inverno do Hemisfério Norte, e que fora introduzida em Roma no último século antes de Cristo. Portanto, originariamente o Natal era uma comemoração pagã do “Retorno do Sol”, celebrada em todo o mundo conhecido séculos antes do nascimento de Cristo.
A data original da comemoração do Natal pela Igreja Católica era 7 de janeiro. Somente em 1752, quando os cristãos abandonaram o calendário Juliano para adotar o Gregoriano, tal data foi adiantada em onze dias para compensar esta mudança no calendário. A data de 25 de dezembro para o nascimento de Jesus foi fixada pelo Papa Júlio I, como uma forma de atrair o interesse da população. A ideia era substituir os rituais pagãos que aconteciam no Solstício de Inverno por uma festa cristã.
Jesus, o Messias verdadeiro, não nasceu em 25 de dezembro. Os apóstolos e a igreja primitiva jamais celebraram o natalício de Cristo. Nem nessa data nem em nenhuma outra. Não existe na Bíblia ordem nem instrução alguma para fazê-lo. Porém, existe, sim, a ordem de atentarmos bem e lembrarmos sempre a sua MORTE (1 Co 11.24-26).
Nada obstante, aproveitemos o ensejo da data para celebrar um Natal diferente. Um Natal que se renova a cada dia até que Jesus venha. Festejemos, pois, um Natal sem presépios e sem ídolos mortos, sem árvores cheias de luzes e balangandãs, sem a figura patética de o falso ‘papai Noel’ só para iludir as criancinhas pobres, com presentes fajutos. Um Natal que não se restrinja apenas à ‘ceias’ regadas a vinho e cerveja, nem a brincadeiras do “amigo oculto” e outras superfluidades.
Tenhamos sempre em mente que, enquanto nos banqueteamos no Natal, muitos irmãos nossos estão morrendo de fome. Que Natal é esse? Natal só para uma minoria? O verdadeiro Natal, assim entendemos, é aquele que é voltado para os pobres e necessitados. O próprio Jesus referiu-se a isto, ao dizer que viera ao mundo “para anunciar a boa-nova aos pobres; para curar os quebrantados do coração; para proclamar aos aprisionados a libertação, aos cegos a recuperação da vista, para pôr em liberdade os oprimidos, e para anunciar um ano da graça do Senhor” (Isaías 61.1,2; Lucas 4.18,19). O Natal é assim! É diferente, porque certamente alegrará o coração de nosso amado Jesus.
Portanto, é preciso que os cristãos saibam disto: para Jesus, celebrar ou não o Natal não vai ajudar em nada. Na segunda vinda gloriosa de Jesus, quando estivermos todos reunidos diante de seu trono para sermos julgados por Ele, o que vai ser levado em conta mesmo é o que fizemos ou deixamos de fazer, aqui na terra, em benefício do próximo – os nossos irmãos pequeninos (Mateus 25.34-46).


Naquele Dia, para Jesus, amar e ajudar os pobres e necessitados contam muito mais que qualquer celebração natalina. Nisto, pois, consiste um NATAL DIFERENTE!

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